terça-feira, 25 de março de 2014

Arranque da Campanha

A Campanha eleitoral do PUSD para estas legislativas 2014 começou hoje, com uma visita ao hospital Simão Mendes.

Não foi ao acaso que escolhemos a maternidade e a pediatria para dar o pontapé de saída nesta rampança do nosso Partido para a Assembleia Nacional Popular. As crianças representam o futuro. E eu, como mulher e mãe, mas também como responsável política, quero dar, neste momento, um firme sinal de esperança no futuro.

Todos conhecemos a situação em que se encontra a Saúde na Guiné-Bissau, as extremas dificuldades com que todos os dias lidam os profissionais, tentando superar enormes carências, a todos os níveis, desde a falta de medicamentos à falta de pessoal qualificado. Mas uma coisa é ouvir falar, outra é estar lá. Se por um lado, foi emocionalmente muito desgastante, por outro foi também muito motivador, sentir e partilhar um imenso calor humano.

Ouvir a todas e a todos, médicos, enfermeiras, parteiras, parturientes. Mas, para além de perguntar, dar também uma palavra de incentivo, um elogio, por darem o seu melhor mesmo quando confrontadas e confrontados com condições tão adversas. Vimos aparelhos completamente obsoletos, que o pessoal insiste teimosamente em manter em funcionamento, por vezes de forma criativa e recorrendo a métodos pouco ortodoxos, como, por exemplo, um equipamento respiratório que vi, milagrosamente colado com fita cola.

A Saúde, à imagem do País, está num estado de lamentável indigência. Só mais um exemplo, que me chocou especialmente: ao passar pela seção de cardiologia pediátrica, soube da existência de uma lista de espera de um ano, para as crianças com insuficiência cardíaca serem transportadas a Lisboa, muitas vezes para intervenções cirúrgicas simples, mas para as quais não há infelizmente especialista que as assegure localmente.

Este foi o pretexto para um pequeno discurso defendendo, como uma das prioridades a que me proponho caso seja eleita Primeira-Ministra, a dignificação e requalificação, a curto/médio-prazo, do Serviço Nacional de Saúde, propondo, com o retorno à normalidade, fazer um apelo ao regresso dos profissionais na diáspora para ajudar a formação e a reciclagem dos profissionais de Saúde, aumentando o número de valências.  

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