sexta-feira, 11 de abril de 2014

Competência & Consistência

Apresentamos hoje o último par de palavras de ordem, slogans que escolhemos para esta campanha eleitoral, traduzindo as grandes linhas de força desta nossa / vossa candidatura à liderança do governo.

Capacidade: qualidade de quem está apto a fazer determinada coisa, a compreendê-la. Defendemos que quem é chamado(a) a servir o Estado, em qualquer área, tem de ter capacidade para desempenhar a sua função. Porque sem capacidade, não pode haver competência. Capacidade é a competência em potência. Portanto, defendemos uma avaliação criteriosa de todos os funcionários públicos. A primeira coisa que vou fazer, como Primeira-Ministra, será um diagnóstico global do papel do Estado.

Vou pedir a cada funcionário para se sentar, com um pedaço de papel, e escrever qual é, na sua opinião, a sua função. Seguidamente, que descreva a sua rotina semanal, com ênfase na semana corrente. Compilaremos toda essa informação e iremos confrontar essa perspetiva, esse olhar de dentro, com uma avaliação externa, ou seja, as mesmas funções, mas vistas de fora, por um Gabinete estatal na minha dependência direta, como já avancei noutro artigo deste blog da campanha.

Agradeço ao Filomeno Pina o seu valioso contributo, em artigo recente, para essa reflexão, que me permitirá melhorar a ideia. Posso mesmo avançar que já tenho a pessoa certa para essa função, que será anunciada em tempo oportuno.

Defendo pois que as pessoas que trabalham no Estado, que pretendemos levar por diante, têm de ser capazes. O Governo, cuja proposta de constituição acabo de apresentar, é um Governo de pessoas capacitadas por uma boa formação e longa experiência. O que não quer forçosamente dizer que sejam competentes para o cargo para o qual os(as) escolhi. Porque não basta o ser capaz, é preciso esforço, dedicação, abnegação e até, por vezes sacrifício.

Evitei, ao longo desta campanha eleitoral, fazer promessas populistas, como ouvi alguns colegas a fazer. Eu não prometo um mar de rosas para amanhã, quero deixar isso bem claro. Partindo quase do zero, não podemos esperar acordar no Paraíso no dia seguinte às eleições. Ocorrem-me as palavras de Winston Churchill, no seu famoso discurso na rádio na tomada de posse como Primeiro-Ministro de um Gabinete de Guerra: «Nada mais tenho para vos propor senão sangue, suor e lágrimas».

Por isso, não exijo apenas capacidade, mas também competência, na prática do dia a dia, na lide com as dificuldades. Mas, mesmo isso, não me bastará. Vou exigir consistência, ou seja ver traduzida em eficácia essa competência. Não temos mais tempo a perder na rampança que se segue, depois destas eleições, que é a do desenvolvimento, da sustentabilidade, mas também um desafio cultural e identitário, de conservarmos a maravilhosa diversidade do nosso povo e do nosso território.

Peço-vos que parem um pouco para pensar nas várias propostas que ouviram ao longo desta campanha eleitoral e não se deixem embalar com músicas e discursos pouco consistentes.

Apelo a todos e a todas, eleitores e eleitoras, mon ku mon, para irmos votar na maior das calmas, depois de um dia de reflexão.

Pa lantanda nô terra!

Sem comentários:

Enviar um comentário